No início da década de 1990, quando Sua Majestade o Rei Carlos III, então Príncipe de Gales, visitou a Transilvânia pela primeira vez, ficou “completamente impressionado com a beleza única e o património extraordinariamente rico” da região (usando as palavras de Sua Majestade). Sua Majestade reconheceu a importância desta paisagem única, com prados abundantes numa flora extremamente rara, mas vulneráveis à transformação humana. Sugeriu então a documentação rigorosa das espécies encontradas nas proximidades das aldeias, para serem incluídas num florilégio, uma esplêndida publicação que combina a ciência botânica com a arte. Dessa forma, é lançado um apelo à proteção do ambiente e do património, fundamentais para os esforços de conservação, para as gerações futuras.

O Doutor John Akeroyd documentou a flora da Transilvânia durante vinte anos (desde o início dos anos 2000), criando uma taxonomia das espécies mais representativas (muitas não classificadas cientificamente). Juntamente com Hellen Allen, conceituada artista e diretora da Escola de Arte Botânica da Chelsea Physic Gardens, acompanharam durante seis anos na Roménia, um grupo internacional de artistas, originários dos Estados Unidos, Austrália, Grã-Bretanha, França, Países Baixos, Japão, Nova Zelândia, África do Sul, Suíça e Turquia. Foram realizadas 124 ilustrações botânicas, num projeto que demorou mais de seis anos, desde a conceção até à publicação, captando a diversidade sazonal, entre as quais mencionamos as espécies endémicas de orquídea selvagem, íris, genciana ou açafrão do prado.