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Conferências

"Frederico George – Artista Plural"

Ciclo de Conferências sobre importantes nomes da arquitetura portuguesa a partir dos espólios depositados no Forte de Sacavém.

22 Nov 2025  |  14h30

Forte de Sacavém
Sacavém

O Forte de Sacavém, estrutura afeta ao Património Cultural, IP que detém o maior arquivo de arquitetura do país e um fundo bibliográfico de reconhecida relevância técnico-científica, acolhe a partir deste sábado um Ciclo de Conferências e Exposições dedicado à divulgação destes acervos. A primeira sessão, dia 22 de novembro às 14:30, evoca o legado do arquiteto, designer e artista português Frederico George (1915-1994).

Com esta iniciativa, é objetivo do Património Cultural, IP destacar a riqueza e a pluralidade de áreas temáticas que se abrem à investigação e ao estudo a partir da memória documental guardada no Forte de Sacavém, que tem servido de referência a sucessivas gerações de arquitetos e outras profissões ligadas ao Património edificado.

O arquivo pessoal de Frederico George foi o primeiro a ser doado, em 21 de março de 2002. A sua obra, que sintetiza uma visão humanista e integrada da criação artística, ilustra de forma exemplar o espírito do Ciclo de Conferências que agora se inicia.

Sobre o Forte de Sacavém

Este departamento do Património Cultural, IP é responsável pelo depósito e tratamento de toda a documentação textual e gráfica relativa à intervenção em edifícios propriedade do Estado Português produzida pela antiga Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), desde 1929 até à sua extinção, assim como das instituições que lhe sucederam. Integra cerca de 40 acervos privados de reconhecidos arquitetos e designers portugueses.

Trata-se do maior arquivo de arquitetura do país, com um espólio documental composto por mais de 500 mil peças desenhadas, sete quilómetros de prateleiras de processos administrativos e 300 mil fotografias de edifícios e monumentos nacionais.

Sobre Frederico George (1915-1994)

Filho de Albert George e de Joaquina Almeida George, cresceu sob a influência cultural inglesa do pai. Essa herança foi determinante na sua formação intelectual e estética, refletindo-se numa afinidade com os princípios do Aesthetic Movement e com o ideário do Arts and Crafts, movimento que se configurou como uma reação estética, ética e social à Revolução Industrial do século XIX. Preconizava o regresso ao artesanato de elevada qualidade como alternativa à produção industrial em massa, valorizando a beleza nos objetos quotidianos.

Em 1930 ingressou no Curso de Pintura da Escola de Belas-Artes de Lisboa. Mais tarde, por influência do arquiteto Cotinelli Telmo, matriculou-se em Arquitetura, revelando crescente preocupação com as dimensões espaciais, construtivas e funcionais da arte. A sua obra traduz uma síntese harmoniosa entre a tradição artesanal e as linguagens emergentes da modernidade.

Do trabalho plural que assinou ao longo de cinco décadas, destaca-se a intervenção, na década de 60 do século passado, em alguns edifícios da Tapada da Ajuda, construções agrícolas e habitações para o pessoal da Herdade do Condado da Torre, a Estação Agrária do Vale do Sorraia ou os Blocos de habitação social no Bairro dos Olivais Sul.

São incontornáveis os projetos do Penta Hotel, do Museu da Marinha - Planetário Calouste Gulbenkian, Galiotas e pequeno Observatório – do Pavilhão de Portugal para o IV Centenário da fundação do Rio de Janeiro e do Pavilhão de Portugal na Exposição Universal de Osaka em 1970, bem como planos urbanísticos para a região do Algarve e zona de Belém. Em 1972, o Ministério da Educação encarregou-o de proceder ao estudo da Reforma do Ensino da Arquitetura em Portugal.

Foi coautor da obra de referência Arquitectura Popular de Portugal, e evidenciou-se também por intervenções na área museográfica, como a Exposição do Infante D. Henrique, o projeto do Museu Arqueológico de Santiago do Cacém e a ampliação da Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves. No património e no restauro salienta-se a intervenção no Palácio dos Marqueses de Fronteira e no Museu da Fundação Medeiros e Almeida, tendo realizado os primeiros levantamentos arqueológicos de S. Cucufate.

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