Segurança e Defesa
Cultura estratégica em Portugal: a escola estratégica portuguesa, por António Horta Fernandes
Esta breve abordagem sobre a cultura estratégica portuguesa começa por aludir ao sentido da estratégia pelo re-fundador da Escola Estratégica Portuguesa, general Abel Cabral Couto. O fenómeno estratégico terá a ver com o conatus essendi, com a preservação do ser, perseverando nesse ser, face a um outro como fonte de ameaça. Partindo desta ideia torna-se necessário averiguar até que ponto em Portugal se desenvolveu uma interpretação estratégica, e consequente aplicação, de cunho próprio, traduzindo-se numa cultura face ao conflito hostil (campo privilegiado da estratégia) com especificidades únicas. Para isso, importa saber em que plano ou planos assenta essa cultura estratégica portuguesa, e quais as suas características, para o qual se socorre novamente ao general Abel Cabral Couto e da sua tripartição do fenómeno estratégico. Finalmente, é necessário atender ainda ao campo por excelência do estrategista, o da fundamentação teórica da estratégia, tanto ôntica quanto epistemológica.

