Ordem Internacional e Multilateralismo

Multilateralismo e regionalismo – Perspectivas para a ordem internacional

Com o fim da Guerra Fria, os EUA tornaram-se a única potência do mundo. Contudo, o seu poder hegemónico não pode durar indefinidamente. É do interesse do mundo e dos próprios EUA que estes caminhem no sentido do abraçar do multilateralismo, numa fase em que, dispondo ainda de um poder incontestado, estão em condições ótimas de o fazer. Isso só pode ser realizado através da criação e do apoio a instituições internacionais que produzam regras globais. Porém, esse processo de criação de tais regras, para ser bem-sucedido, necessita do suporte de estruturas regionais, o quadro capaz de lhes conferir solidez e articulação. O processo de regionalização é condição para a globalização mas também fator de resistência aos seus excessos. Temos, portanto, um mundo saído da Guerra Fria mais global e regional. A UE é o exemplo máximo dos feitos que a política regionalista e a de integração podem alcançar, mas é importante notar que este projeto teve condições de excelência na sua génese, condições dificilmente repetíveis noutros pontos do mundo.