Política de Cooperação

O papel dos actores externos em Angola: investimento e ajuda internacional, por Assunção Sousa dos Anjos

A diplomacia partilha com os agentes económicos e do desenvolvimento as mesmas preocupações, mas com uma abordagem e linguagem diferentes. Deste modo, o desenvolvimento económico e social e as interdependências propiciadas pela globalização repercutem-se na diplomacia. Assim, a atividade da nova diplomacia global passa a prosseguir objetivos concretos dirigidos ao desenvolvimento económico, à captação de investimento, à promoção empresarial e à competitividade no mercado internacional, procurando criar melhores condições para o desenvolvimento económico, trabalhando com estruturas reguladoras multilaterais e também construir uma imagem credível do seu próprio país e das suas empresas. Partindo deste novo paradigma diplomático e de cooperação, o texto procura, então, saber qual o papel a desempenhar pelos atores externos em Angola. Para uma política de cooperação que evite dependências e possibilite as capacidades dos países recetores é necessário, portanto o respeito pelos princípios da Reciprocidade, da Adequação, da Economia da otimização dos recursos, da Interatividade e da Alternativa.