Adesão à Europa e Política Europeia

O que queremos da Europa e a Europa que queremos, por Álvaro Vasconcelos

Pelo final da década de oitenta, o debate internacional gravita em volta da sua reorganização, do declínio das superpotências, do multilateralismo e do rumo do projeto europeu cujo futuro se imaginava, em prospetiva, a partir do ano de 1992. Portugal participava nessa reorganização no quadro do processo de integração europeia e do projeto da Europa do Ato Único. Dentro deste quadro importa refletir as opções (de se consolidar como potência política ou apenas como potência económica) para a afirmação Europa, e para Portugal no seu seio, num mundo que se multipolariza. De Portugal e dos seus atores políticos esperava-se uma visão e sedimentação do seu sentido de ordem mundial, da sua definição estratégica na Europa e da sua participação na definição da Europa do Futuro. Posto isto, a Estratégia analisa, neste sexto número, dois grandes temas do debate europeu e que irão condicionar o futuro da construção europeia: as relações com o Brasil e os demais países da América Latina e o debate sobre a Europa da defesa. Em ambos os temas trata-se de saber que sentido dar à Europa no pós-1992, se a Europa consumirá o seu projeto fechada dentro dos limites do próprio continente, ou se será uma potência política com responsabilidades mundiais.

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Data
1989-03-21
OBS
VASCONCELOS, Álvaro. "O que queremos da Europa e a Europa que queremos". Estratégia - Revista de Estudos Internacionais: Lisboa. IEEI. Nº 6 (1989). P. 9-14 págs.
Dimensão do suporte
5 págs.
Idioma
Português