Segurança e Defesa
The EU and Iraq (A UE e o Iraque), por Álvaro Vasconcelos
A intervenção americana no Iraque revelou a enorme dificuldade que a UE enfrenta na sua tentativa de forjar uma política externa comum num contexto de sérias divergências com os Estados Unidos. A gravidade da crise no Iraque impõe, contudo, à UE a obrigação de definir uma política que permita resolve-la. Restam as questões fundamentais: que tipo de envolvimento – económico, civil e/ou militar; qual o grau de envolvimento europeu; deve haver uma aliança direta com os EUA, ou deve o enquadramento ser multilateral? De acordo com o autor, a retirada americana, ou pelo menos uma agenda clara, garantindo, não obstante, a segurança no Iraque, é fundamental, e deve ser responsabilidade da UE auxiliar este processo. A contribuição europeia – que deve ser enquadrada numa intervenção multilateral, no quadro da ONU – deve passar, assim, por garantir a segurança depois da retirada americana, mas, principalmente, auxiliar a soberania democrática no Iraque através do apoio dos partidos políticos que poiem o processo constitucional e a garantia dos direitos humanos.