"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Visitas/Observações

Passeios de Domingo

Visitas de (re)descoberta do país. Aos fins-de-semana, mediante inscrição.

13 Abr a 3 Jul 2016

Covilhã, Castelo Branco, Belmonte, Cortes do Meio e Paul
2º TRIMESTRE 2016

[1] Galeria Millennium: Exposição “Esconjurações”
Quarta, 13 de abril
Esconjurações reúne um significativo núcleo de obras de José de Guimarães pertencentes à coleção Millennium BCP, realizadas em suportes muito distintos, em particular um raro e surpreendente conjunto de tapeçarias de Portalegre de grandes dimensões que, pela primeira vez, podem ser vistas pelo público em geral. São ainda mostradas obras de luz, com néon e LED, de vários períodos do percurso do autor; caixas-relicário que dialogam com peças da coleção de arte africana que vem reunindo desde há décadas e, ainda, esculturas de grandes dimensões que dão corpo ao perturbante sincretismo prosseguido, desde os anos 1960, por José de Guimarães.
GUIA: José de Guimarães
HORÁRIO: 10h30
DURAÇÃO: manhã
LIMITE: 25 pessoas
LOCAL DE ENCONTRO:
Galeria Millennium - Rua Augusta, 96

[2] Jornais históricos do Bairro Alto
Sábado, 16 de abril
A vida dos jornais marcou profundamente o bairro. Jornalistas, tipógrafos e ardinas, escritores e políticos, caricaturistas e ilustradores cruzavam-se – dia e noite – nas suas ruas onde proliferam as casas de pasto e os botequins e onde o ambiente era de grande efervescência intelectual e política.
Neste roteiro vamos percorrer as ruas onde se escreveram as notícias que contaram as histórias e estórias de dois séculos: XIX e XX.
Dos jornais impressos aos jornais online, passamos por 12 periódicos, incluindo O Século, Diário de Notícias, Diário Popular, A Capital e o Observador. E porque é de informação que se trata, evocamos também a Censura e o Secretariado da Propaganda Nacional, organismo criado em 1933 e dirigido por António Ferro. 
GUIA: João Moreira dos Santos
HORÁRIO: 10h00
DURAÇÃO: manhã
LIMITE: 30 pessoas
LOCAL DE ENCONTRO: Jardim de São Pedro de Alcântara (junto à estátua de Eduardo Coelho)

[3] Gouveia: 100º aniversário de Vergílio Ferreira
Sábado, 30 de abril
No ano do centenário do nascimento de Vergílio Ferreira, importante romancista existencialista, urge visitar os lugares que o autor palmilhava na sua infância e inspiraram a sua riquíssima novelística. Vamos encontrar em Melo as “circunstâncias físicas e espirituais” que moldaram o homem, a sua forma de sentir e a sua perceção do mundo. 
O escritor reconheceu a importância do espírito da montanha: “ao contemplá-la eu próprio repouso sobre mim, esvaziado do que me oprime ou inquieta, transmudando-me ao que nela há de estável e denso e alastrado aos poderes cósmicos” e escreveu, em 1988, no Livro de Honra da Câmara Municipal de Gouveia: “Regressar de vez em quando aqui é naturalmente recuperar na idade. Assim é esta a melhor forma de a juventude se não perder de todo”. Teremos também ocasião de visitar a Biblioteca de Gouveia que tem por patrono Vergílio Ferreira e reúne a sua biblioteca particular doada pela esposa, Regina Kasprzykowsk.
GUIA: Paula Oleiro
HORÁRIO: 6h30
DURAÇÃO: dia inteiro
LIMITE: 45 pessoas
LOCAL DE ENCONTRO: Estação de Santa Apolónia (junto às bilheteiras)
Transporte e almoço

[4] Rio Maior: Da Época Romana à Atualidade
Sábado, 7 de maio
A Villa Romana de Rio Maior é datável do século III / IV e foi descoberta em 1983 pelo Setor de Museus, Património Histórico, Arqueológico e Cultural da Câmara Municipal.
Até ao momento estamos apenas em presença de uma parte da Pars Urbana da Villa, a área onde o proprietário vivia com a sua família.
O espólio recolhido no decurso das escavações é sobretudo composto de peças indicadoras do grande luxo e riqueza desta Villa e ainda de uma peça quase intacta – a Ninfa Fontenária de Rio Maior. Visitaremos ainda Casa Senhorial d’El Rei Dom Miguel implantada bem perto de um cruzamento de duas importantes vias romanas, uma proveniente de Santarém e outra de Lisboa.
A partir deste sítio a povoação cresceu, sendo no século XVI a área preferida pelos abastados para construção das suas casas, atraindo também estabelecimento de comerciantes e ofícios. O imóvel sempre foi conhecido por Casa de D. Miguel por se saber que o rei aqui estacionou no período conturbado da Revolução Liberal. Este edifício dispõe de um espaço onde está exposto o espólio da Villa Romana de Rio Maior.
A Fundação António Quadros tem por fim o estudo e a divulgação do Pensamento e da Obra de António Quadros, Fernanda de Castro, António Ferro e de quaisquer personalidades de mérito, através de ações de caráter cultural, artístico, científico, educativo e social com especial enfoque nas áreas da cultura popular, literária, histórica e do estudo do pensamento filosófico em Portugal. Ao longo dos últimos anos, o património da Fundação tem vindo a aumentar graças à integração de obras literárias, teses, documentos, fotografias, telas, aguarelas, desenhos, retratos, esculturas, cartazes, diplomas e medalhas, fruto de doações de particulares e Instituições.
Teremos ainda ocasião de visitar a recém-inaugurada exposição comemorativa do centenário da morte de Mário de Sá-Carneiro, apresentada por Manuela Dâmaso, sempre acompanhados pela filha de António Quadros. 
GUIAS: Câmara Municipal de Rio Maior e Mafalda Ferro
HORÁRIO: 9h00
DURAÇÃO dia inteiro
LIMITE: 45 pessoas
LOCAL DE ENCONTRO: Entrecampos
 (em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa –Campo Grande, 25)
Transporte e almoço
 
[5] Bairro de Campo de Ourique
Domingo, 8 de maio
Entre a década de 70 do século XIX e a primeira década do século XX, Lisboa está em constante transformação, decorrente da concretização de uma série de operações urbanísticas que conduziram a uma modificação da sua fisionomia e à ampliação da sua área urbanizada. O programa de melhoramentos materiais para a capital, ensaiado desde a década de 60 do século XIX, e fomentado por um plano de regeneração nacional, encontrava na intervenção urbanística o meio para a requalificação e modernização da cidade. Problemas como a inexistência de saneamento básico, ou uma oferta escassa de habitações em termos qualitativos e quantitativos, punham em causa o ambiente urbano e as condições de habitabilidade da população, revelando-se urgente a sua resolução.
O mesmo programa procurava expandir o conceito de cidade até aos limites do perímetro urbano, apostando nos princípios da comunicação e circulação. Lisboa ficaria, deste modo, ao nível das mais modernas capitais e cidades europeias. 
O projeto de um bairro para a zona de Campo de Ourique, uma área marcadamente rural, a Nordeste do centro da capital, aprovado em novembro de 1878, constituiu uma das primeiras iniciativas da Repartição Técnica da Câmara Municipal de Lisboa no âmbito da nova estratégia urbana para a cidade.
É este o cenário e o ponto de partida para este passeio na companhia da autora da tese de mestrado sobre a matéria: “O bairro de Campo de Ourique: projetos e atuações (1878-1958)”. 
GUIA: Susana Maia e Silva
HORÁRIO: 10h00
DURAÇÃO: manhã
LIMITE: 25 pessoas
LOCAL DE ENCONTRO:
Igreja do Santo Condestável
 
[6] Igreja do Menino Deus
Quarta, 11 de maio
Localizada no Largo do Menino Deus, em Alfama, junto ao Castelo de São Jorge, meio escondida na encosta nascente da colina do castelo, este templo é desconhecido da grande maioria dos lisboetas.No entanto, a Igreja do Menino Deus é uma obra de grande importância histórica e patrimonial, tendo sido classificada como Monumento Nacional em 1918. 
Tanto a sua notável qualidade e originalidade arquitetónica, como o facto de ser uma das raras igrejas que escapou intacta ao grande terramoto de 1755, fazem da igreja do menino Deus um verdadeiro marco da Arquitetura Barroca nacional. 
A conceção da obra está atribuída ao Arquiteto Real João Antunes, autor de obras de referência como a Igreja de Santa Engrácia em Lisboa. O seu interior é um perfeito exemplo da Arquitetura portuguesa do início do séc. XVIII, tratando-se de um espaço amplo, à maneira de um grande salão, com cantos cortados, o que confere à igreja uma peculiar forma oitavada. 
As paredes são totalmente revestidas de pedra e embutidos de pedraria de várias cores. 
GUIA: Fernando Jorge/Anísio Franco
HORÁRIO: 10h00
DURAÇÃO: manhã
LIMITE: 30 pessoas
LOCAL DE ENCONTRO: Largo do Menino Deus
 
[7] Ponte Cultural Lisboa-Porto: Porto Industrial
Sábado, 14 de maio
100 anos de História da rua do Freixo (De Campanhã ao Rio Douro) 
A rua do Freixo é uma via recortada e íngreme que liga a rua do Heroísmo à Estradada Circunvalação e as margens do rio Douro. Ela reflete o processo de industrialização das áreas servidas pelo caminho de ferro e pelas antigas estradas e vias fluviais.
A partir da segunda metade do século XIX, assistimos neste território ao nascimento de unidades fabris saboarias, destilações, curtumes, moagens, unidades de lavagem de lãs…etc. Já no século XX, vemos surgir uma fábrica de louça esmaltada, marcenarias, às quais se somam uma Subestação de distribuição de eletricidade, uma Central termoelétrica e uma fábrica de carboneto de cálcio.
A partir de 1970, esta região sofrerá o impacto dos processos de desindustrialização e terciarização e pouco a pouco, as unidades encerram, criando áreas devolutas, degradadas que agora procuram novas ocupações.
No dealbar do século XXI, o território que se estende da Estação de Campanhã à quinta do Freixo possui novas áreas funcionais, novos empreendimentos imobiliários, novas áreas de lazer e turísticas (Museu Nacional da Imprensa, Pousada do Freixo e Marina do Freixo), mas persistem áreas degradas e devolutas, assim como unidades industriais como a moagem Ceres, a Harmonia ou a saboaria do Freixo – um tecido industrial ativo e emblemático.
GUIA: Maria da Luz Sampaio
HORÁRIO: 7h30 (o comboio parte às 8h)
DURAÇÃO: dia inteiro
LIMITE: 45 pessoas
LOCAL DE ENCONTRO: Estação de Santa Apolónia (junto às bilheteiras)
Transporte e almoço

[8] Crato
Domingo, 15 de maio
A convite da Santa Casa da Misericórdia do Crato, voltamos a esta vila para uma visita ao património pertencente àquela instituição: a Casa Museu Padre Belo e o Convento e Igreja de Santo António.
Não deixaremos ainda de conhecer o nucleo museológico do Mosteiro de Flor da Rosa, onde consta uma coleção de esculturas em pedra do Museu Nacional de Arte Antiga.
A Casa Museu Padre Belo resulta de uma vontade expressa do Reverendo Padre Francisco Rosado Belo, que tendo constituído, ao longo da sua vida, uma importante coleção de arte, decidiu doar todo o seu espólio e respetiva casa de habitação à Santa Casa da Misericórdia do Crato. Tendo vivido neste espaço até à altura da doação, aqui foi deixando a sua marca na forma como decorou as paredes e arrumou os móveis. A sua formação artística e católica orientaram desde muito cedo o seu intento de colecionador de arte.
Numa elevação de terreno, fora do perímetro das muralhas da vila, em lugar outrora isolado e proeminente (como recomendavam as regras franciscanas), à beira do antigo caminho que levava do Crato a Alter do Chão encontramos o Convento de Santo António. Convento franciscano da Província dos Algarves, fundado em 1603 por Leonardo de Campos e subsidiado pelos populares e pela Câmara do Crato com a adjudicação, nessa altura, de uma renda para obras e sustento. Sobretudo no último quartel do século XVIII, este Convento viria a receber os favores da pequena nobreza e burguesia local, conforme o atestam os enterramentos que ai se efetuaram, preferência expressa pelo conjunto de lápides sepulcrais do templo. 
O Mosteiro de Flor da Rosa é um dos mais originais e intrigantes edifícios do gótico português. A sua monumentalidade exerce ainda hoje um fascínio que resulta, pelo que se sabe, da história da sua própria edificação. Na fachada do edifício são logo percetíveis os nexos de construção: à direita, o volume da igreja, cruciforme, coroada por modilhões; ao centro, mais discreta, a galilé da entrada e as duas janelas da Sacristia; à esquerda, as três torres do Paço senhoriais; por detrás desta fachada adivinha-se, a zona monástica, mais recolhida, com o Claustro e restantes dependências em seu redor.
GUIA: Anísio Franco
HORÁRIO: 8h
DURAÇÃO: dia inteiro
LIMITE: 45 pessoas
LOCAL DE ENCONTRO: Entrecampos 
(em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25)
Transporte e almoço

[9] Vale do Lima
Sábado e domingo, 21 e 22 de maio
Depois do Passeio a Arcos de Valdevez e Ponte da Barca no passado trimestre, ficou feita a promessa que voltaríamos ao Minho para visitar alguns dos solares que não pudemos incluir no programa.
Tendo como base Ponte de Lima, onde se situa o Solar dos Condes de Aurora, vamos ainda ao Paço de Lanheses e ao Paço de Calheiros. Aproveitaremos ainda para visitar o Museu de Terceiros e o Museu dos Carros de Cavalos, fantástica coleção de carros de cavalos do séc. XIX, da coleção do Dr Lopo de Carvalho, em Geraz do Lima.
GUIA: Anísio Franco
HORÁRIO: 6h30 (o comboio parte às 7h)
DURAÇÃO: fim de semana
LIMITE: 45 pessoas
LOCAL DE ENCONTRO: Estação de Santa Apolónia (junto às bilheteiras)
Transporte; alojamento; 3 refeições
 
[10] Imagens e Memórias dos Nossos Reis e Rainhas Medievais Contadas pelos Próprios
Sábado, 28 de maio
Neste passeio pelos panteões dos Mosteiros de Alcobaça e Batalha, vamos conhecer melhor não só os túmulos de Pedro e Inês que são sempre o “obrigatório” e têm tantas histórias verdadeiras e apaixonantes para contar, mas também os que são menos conhecidos, como o da rainha D. Urraca, mulher de D. Afonso II e neta dessa mulher extraordinária que foi Leonor da Aquitânia… Os do Mosteiro da Batalha, de um outro tempo e de outra dinastia, representam o que de melhor se fez nos séculos XV e XVI. E basta que nos concentremos nos panteões para termos um dia cheio e com muitas novidades. 
GUIA: Carla Varela Fernandes
HORÁRIO: 8h30
DURAÇÃO: dia inteiro
LIMITE: 45 pessoas
LOCAL DE ENCONTRO: Entrecampos 
(em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25)
Transporte e almoço
 
[11] Pombal: Património e História
Sábado, 4 de junho
Entre o oceano e a serra de Sicó, num vale do rio Soure (ou Arunca), esta cidade do centro do país está inevitavelmente associada à figura do Marquês de Pombal, que aqui viveu. As memórias do estadista estão espalhadas por toda a sede de concelho, desde a antiga Casa do Celeiro, que mostra o seu brasão e armas, ao Museu Municipal Marquês de Pombal, onde está exposta uma coleção de arte e de documentos a ele ligados. 
As origens do município remontam, no entanto, ao século XII, altura em que Gualdim Pais ergueu o castelo no cimo de um morro. Já em matéria de património natural merece visita a praia dourada do “Osso da Baleia”, ladeada por grandes dunas.
O Museu Marquês de Pombal, instalado na antiga Cadeia Velha de Pombal, edifício mandado construir pelo Marquês de Pombal em 1776, teve a sua origem num trabalho de pesquisa, recolha e seleção de um pombalense, o antiquário Manuel Gameiro que doou a coleção à Autarquia, sob a condição de se criar um Museu Municipal. O Museu de Arte Popular Portuguesa, instalado num edifício pombalino, foi mandado construir em 1776 pelo Marquês para armazenar os cereais que vinham da sua quinta, a Quinta da Gramela. Tem origem numa importante coleção de artesanato, também doada ao município e resultante de uma permanente procura e seleção criteriosa de Nelson Lobo Rocha, ao longo de mais de 30 anos de convívio com os próprios artesãos. O Castelo foi edificado no século XII, por Gualdim Pais, Mestre da Ordem do Templo e integrou um conjunto de praças militares destinadas a defender Coimbra. Ampliado no reinado de D. Sancho I, voltou a ser objeto de cuidado régio no reinado de D. Manuel I, beneficiando de melhorias estruturais e de obras de reconstrução.
Igreja Matriz: de construção antiga, a Igreja Matriz de Pombal foi profundamente remodelada em 1816 pelo Capitão-mor de Pombal, Jorge Coelho de Vasconcelos Botelho, após a sua devastação cinco anos antes, provocada pelo vandalismo das tropas francesas. Foi nesta Igreja, que, em 1323, D. Dinis e seu filho D. Afonso celebraram o juramento público de paz conseguido pela Rainha Santa Isabel. O destaque artístico concentra-se no retábulo da capela lateral, de pedra policromada, obra renascentista dos meados do século XVI, atribuída ao atelier do escultor francês João de Ruão. Igreja do Cardal: mandado construir em cumprimento de um voto pelo Conde de Castelo Melhor, Luís de Vasconcelos e Sousa, no final do século XVII, este monumento de estilo Barroco foi riscado pelo Arquiteto Régio João Antunes. Aqui permaneceu o Marquês de Pombal após a sua morte a 8 de maio de 1782 e até 1856, data em que o terceiro neto o trasladou para a Ermida da Mercês, em Lisboa. 
Convento das Clarissas: O convento do Desagravo do Santíssimo Sacramento é um valioso exemplar da arquitetura religiosa da época áurea de D. João V, onde ainda hoje habitam em regime de clausura as Irmãs Clarissas. Por fim, ficaremos a conhecer a Praia do Osso da Baleia, situada em plena Mata Nacional do Urso e que deve o seu nome ao aparecimento de um esqueleto de baleia que, segundo testemunhos orais, terá dado à costa naquele areal no início do século XX. 
GUIA: : Câmara Municipal de Pombal
HORÁRIO: 7h30 (o comboio parte às 8h)
DURAÇÃO: dia inteiro
LIMITE: 45 pessoas
LOCAL DE ENCONTRO: Estação de Santa Apolónia (junto às bilheteiras)
Transporte e almoço

[12] Caminhos do Orpheu
Domingo, 5 de junho
Foi um verdadeiro escândalo em Lisboa quando, a 25 de março de 1915, o primeiro número da revista Orpheu chegou às bancas. O órgão do movimento modernista português, que reunia os três magníficos - Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro e Almada Negreiros - , constituía um projeto multidisciplinar e internacional, contando com a colaboração de poetas e artistas plásticos. Neste itinerário passaremos por locais ligados à publicação de maior relevância cultural e literária do século XX, mas que teve uma curta existência. 
GUIA: Paula Oleiro
HORÁRIO: 10h
DURAÇÃO: manhã
LIMITE: 30 pessoas
LOCAL DE ENCONTRO: Largo do Chiado

[13] Igreja de Nossa Senhora do Rosário e Capela dos Castros
Sábado, 18 de junho
Tanto a primitiva Igreja de N. Sra. do Rosário como a Capela dos Castros integravam o antigo Convento de São Domingos de Benfica, fundado em 1399, numas casas doadas por D. João I, por ação do seu confessor Frei Vicente de Lisboa e de D. João das Regras. Entre 1624 e 1632, edificou-se o atual templo sob orientação do Padre Mestre Frei João de Vasconcelos. Funcionou como paroquial de São Domingos de Benfica até à década de 70 do séc. XX, altura em esta igreja passou para as mãos da Força Aérea Portuguesa, com a substituição do orago inicial de São Domingos pelo de Nossa Senhora do Rosário. No interior merecem destaque os painéis de azulejos figurativos de António de Oliveira Bernardes e o túmulo de D. João das Regras. Obra de referência na tumulária medieval, o túmulo de D. João das Regras, falecido em 1404, está classificado como Monumento Nacional; trata-se de uma arca brasonada, executada em mármore branco proveniente da região de Montelavar. 
A figura, com a mão direita sobre o peito segurando um livro, apresenta do seu lado esquerdo uma espada com um cinturão e o punho lavrado com minúcia.
A Capela dos Castros, hoje integrada nas instalações dos Pupilos do Exército, foi mandada construir em 1644 por D. Francisco de Castro, neto do vice-rei D. João de Castro, para acolher o panteão da sua família. A sua consagração terá ocorrido provavelmente em 1648, data que surge inscrita numa lápide da estrutura. Encontrando-se integrada na estrutura do claustro, a sua fachada surge rasgada apenas por portal de moldura retangular, encimado pela pedra de armas dos Castros, ao qual se sobrepõe uma janela retangular iluminante. O retro-coro, elemento pouco comum na arquitetura portuguesa, abre-se atrás do retábulo, sendo um espaço para uso exclusivo da comunidade monacal. 
Após a extinção das ordens religiosas, em 1834, a Capela de Corpus Christi manteve o padroado da família Castro.
AO ABRIGO DA COLABORAÇÃO CNC/SOS AZULEJO
GUIA: José Meco
HORÁRIO: 10h
DURAÇÃO: manhã
LIMITE: 30 pessoas
LOCAL DE ENCONTRO: Igreja N. Sra. do Rosário (Lg. da Força Aérea)
Travessa São Domingos de Benfica (a caminho do Palácio Fronteira) 

[14] Entroncamento e Museu Nacional Ferroviário
Sábado, 25 de junho
Propõe-se uma visita ao Museu Nacional Ferroviário, recentemente inaugurado, para observar o modo como a museologia ferroviária e industrial, passou a observar a história dos caminhos de ferro e o património ferroviário, na sua intrínseca relação com as diferentes componentes da cultura técnica, industrial e social, de feição nacional e internacional. 
Situado no Entroncamento, a cidade que tomou o nome da sua função inicial de entroncamento ferroviário das Linhas do Leste e do Norte, o Museu encontra-se estabelecido num complexo de edifícios que faziam parte das instalações oficinais daquela estação ferroviária e que consta do Armazém de Víveres, das oficinas de manutenção, de uma rotunda de locomotivas, de uma Central Elétrica e outros edifícios complementares. Visitar-se-ão ainda os edifícios da Oficina de Creosotagem, datados de 1907, cujos vestígios têm um significado muito importante no âmbito do património industrial do país, dado serem a única unidade de tratamento das travessas de madeiras usadas antigamente para assentar os carris de ferro das linhas ferroviários da empresa dos Caminhos de Ferro de Portugal, que ainda subsiste no nosso país. Propõe-se ainda a visita a um interessante bairro ferroviário do Entroncamento, cujo projeto se deve ao arquiteto modernista Cottinelli Telmo (1897-1948), um dos três bairros ferroviários desta cidade (Camões, Bonito, Vila Verde). A visita integra-se no Curso Livre sobre caminho de ferro e Património Ferroviário (1.º módulo). Encontra-se aberto, no regime de visitas guiadas, aos sócios do CNC e da APAI no âmbito do Protocolo estabelecido entre as duas associações. 
Esta visita será objeto de um caderno entregue às pessoas inscritas no Curso Livre e na Visita do CNC. 
GUIA: APAI
HORÁRIO: 9h (comboio parte às 9h30)
DURAÇÃO: dia inteiro
LIMITE: 45 pessoas
LOCAL DE ENCONTRO: Estação de Santa Apolónia (junto às bilheteiras)
Transporte e almoço
 
[15] Museu de Lisboa: Palácio Pimenta
Domingo, 26 de junho
Museu de Lisboa é o novo nome do Museu da Cidade. Um nome que traz consigo um novo conceito, o de um museu polinucleado, no qual Lisboa e as suas histórias se revelam sob diferentes perspetivas. São cinco os núcleos do Museu de Lisboa: Palácio Pimenta, Teatro Romano, Santo António, Torreão Poente e Casa dos Bicos. Cinco espaços distintos, com valências e objetivos complementares, que partilham uma missão, uma identidade e uma nova imagem. O propósito é o de revelar Lisboa de diferentes formas, para dar a conhecer a riqueza de uma das cidades mais antigas da Europa. 
Depois do Museu do Teatro Romano, vamos agora conhecer outro núcleo instalado no Palácio Pimenta ao Campo Grande.
No Pavilhão Preto vamos conhecer uma exposição de azulejos da coleção do Museu, nunca antes expostos, comissariada por José Meco. 
GUIAS: Museu de Lisboa e José Meco
HORÁRIO: 10h
DURAÇÃO: manhã
LIMITE: 30 pessoas
LOCAL DE ENCONTRO: Palácio Pimenta (antigo Museu da Cidade)
 
[16] Novo Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia
Sábado, 2 de julho 
O novo Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT) está localizado na zona ribeirinha de Belém, em Lisboa. 
O edifício, desenhado pelo ateliê de arquitetura britânico AL_A, cria espaços de exposição sob uma cobertura ondulante, concebida para criar um novo espaço público acima das galerias. 
Incorporando mais de 7000 m² de espaço público novo, o MAAT explora a convergência da arquitetura, tecnologia e arte contemporânea como um campo de prática cultural. Este novo Museu centra-se na cultura contemporânea, através da combinação de artes visuais e media, arquitetura e cidade, tecnologia e ciência, sociedade e pensamento. 
A partir de um património físico único, uma coleção de arte portuguesa em expansão e um inovador programa de exposições, o novo museu da Fundação EDP é um espaço para a descoberta, a reflexão crítica e o diálogo internacional. 
GUIA: Museu da Eletricidade
HORÁRIO:10h
DURAÇÃO: manhã
LIMITE: 30 pessoas
LOCAL DE ENCONTRO: Museu da Eletricidade (junto à bilheteira) 

[17] Ciclo Teatros com História: Cascais
Domingo, 3 de julho
Tendo como pretexto a visita ao Teatro Gil Vicente, aproveitamos o dia para percorrer alguns dos mais emblemáticos exemplos do património de Cascais, como a Fortaleza de Nossa Senhora da Luz e o Palácio Cidadela, a Igreja da Assunção ou o Museu Condes Castro Guimarães.
Depois de, em 1869, os jornalistas lisboetas noticiarem a inauguração de um “teatro de luxo na vila de Cascais”, os cerca de 500 lugares da sala de espetáculos esgotaram várias vezes. 
Por ali, como se de uma grande capital cosmopolita se tratasse, passaram os grandes nomes da vida artística europeia dessa época. Terá sido também a partir da construção do Teatro Gil Vicente, que se criaram em Cascais numerosos grupos, coletividades, associações e academias, que alteram por completo a vivência social e cultural do velho burgo. O teatro de amadores, ainda hoje recordado com nostalgia por ter marcado de forma perene a História de Cascais, desenvolveu-se sempre em torno deste espaço. Foi também a inauguração do Teatro Gil Vicente, com toda a animação que a envolveu, que motivou o Rei Dom Luís I e a Corte Portuguesa a escolherem Cascais como estância de veraneio a partir de 1870, tendo a Família Real assistido, de forma reiterada, a várias peças de teatro e inúmeros eventos culturais nas cadeiras deste novo espaço de entretenimento. 
GUIAS: Duarte Ivo Cruz e Anísio Franco
HORÁRIO: 10h
DURAÇÃO: dia inteiro
LIMITE: 45 pessoas
LOCAL DE ENCONTRO: Entrecampos
(em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25)
Transporte, almoço

>> Inscrições / Preços

Informações e Inscrições:
Tel: 213 466 722 | E-mail: alexandra.prista@cnc.pt

Agenda
Festivais

ARCA 2025

OSSO - Associação Cultural 17 Jul a 27 Jul 2025

Ver mais eventos

Passatempos

Passatempo

Ganhe convites para o 33.º Curtas Vila do Conde

Em parceria com o Curtas Vila do Conde, oferecemos convites duplos para as sessões de cinema a decorrer nos dias 17, 18 e 19 de julho, onde serão exibidos os filmes "Les Yeux Sans Visage", "Ritas" e "To a Land Unknown".Findo o passatempo, anunciamos aqui os nomes dos vencedores!

Visitas
109,793,703