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Roteiros

Um itinerário pelos Castelos das Beiras

Os castelos das Beiras, que se distribuem próximo da raia, são exemplares notáveis da arquitetura militar medieval e das modernas fortificações de fronteira, reorganizadas durante a Guerra da Restauração.

Castelo do Sabugal Fortaleza de Almeida Castelo de Castelo Bom Castelo de Castelo Mendo Castelo de Vilar Maior Castelo de Alfaiates Ponte de Sequeiros


Bastiões de defesa das terras portuguesas face às investidas de Castela e de Espanha, mantêm visível a sua identidade cuja descoberta aqui deixamos como proposta de visita.

Próximos da raia, os castelos são exemplares notáveis da arquitetura militar e das fortificações da Guerra da Restauração. 

Por todo o País, os castelos são uma presença constante na paisagem. Conhecê-los significa também descobrir a História do País e da região onde se inserem. Locais de defesa e residência senhorial, são hoje referências essenciais do património histórico e cultural.

A arquitetura dos castelos varia consoante época e as técnicas defensivas e construtivas aplicadas. Estes monumentos testemunham a própria formação e organização do território português. Ao longo dos tempos, estes conjuntos fortificados foram implantados e sucessivamente reconstruídos em terras de fronteira, desde a Reconquista Cristã até ao século XVIII.

1.    Fortaleza de Almeida

Construída num planalto a 760m de altitude junto ao vate do rio Côa.
A origem do castelo remonta aos muçulmanos, tendo sido reedificado em 1296 por D. Dinis. Em 1641, D. Álvaro de Abranches manda construir a fortaleza. Tem traçado ou planta regular, constituída por seis baluartes (Santo António, S. Pedro, S. Francisco, S. João de Deus, Santa Bárbara e Senhora de Brotas), correspondentes revelins (cortinas), portas e fosso. O acesso ao interior do recinto fortificado é feito através de três portas (Santo António, S. Francisco e Cruz, sendo as duas primeiras portas duplas), elegantemente decoradas, com tuneis de abóbada (à prova de bomba) e antecedidas por passadiços sobre o fosso. Existem ainda duas exíguas portas falsas. Constitui um dos melhores exemplos da arquitetura militar do século XVII, do tipo das fortificações Vauban. As muralhas encerram no seu interior casamatas, o edifício da câmara municipal (antigo quartel de artilharia), o quartel das esquadras, a igreja matriz da Misericórdia, os vestígios do castelo medieval para além da estrutura urbana da própria vila de Almeida, formando todo este conjunto um importante património arquitetónico. Teve um papel muito importante durante as guerras da Restauração e Peninsulares.

2.    Castelo de Castelo Bom (Almeida)

Situado sobre o rio Côa a 725 metros de altitude.
Este castelo tem origem num castro ocupado desde a Idade do Bronze.
É nos séculos XIII e XIV que se dá a reedificação deste castelo por D. Dinis. No século XVI possuía uma cintura dupla de muralhas, cidadela com torre de menagem e duas torres de planta quadrada. Em 1834, tendo sido extinto o concelho de Castelo Bom, acelerou-se o estado de degradação.
Destacam-se como principais os seguintes pontos de interesse histórico: os restos de alguns panos da muralha com habitações adossadas, uma porta com uma torre num dos seus lados (a Porta da Muralha) e o eixo que a partir daí se prolonga até ao Largo da igreja matriz (setecentista); o largo do poço d’el-rei; o largo do poço da escada; a Capela de S. Martinho (a meio da encosta da subida para o castelo); a fonte de chafurdo junto ao enchido; as cruzes da Procissão dos Passos desde o calvário até à igreja.


3.    Castelo de Castelo Mendo

Localiza-se num cabeço a 762m de altitude sobre o ribeiro de Cadelos e o rio Côa, integrando em si dois núcleos urbanos.
O castelo terá sido provavelmente edificado nos finais do século XII.
No reinado de D. Sancho II (1229) é-lhe concedido carta de foral, onde vem mencionado o castelo e o alcaide Mendo Mendes. A primeira edificação do recinto muralhado remonta a essa época, tendo a segunda cintura muralhada sido construída em 1281 por D. Dinis. O castelo apresenta características românicas e góticas, sendo as suas cinturas de traçado ovalado e irregular demarcando a cidadela na primeira cintura defensiva. A torre de menagem apresenta uma planta retangular. O concelho foi extinto com a reforma liberal, iniciando-se o seu processo de degradação.

4.    Castelo de Vilar Maior (Sabugal)

Situado a cerca de 24km a norte do Sabugal, a noroeste da Estrada Municipal n.º 2567, está implantado num cabeço planáltico dominando a povoação e o vale do rio Cesarão, avistando-se claramente o castelo da Guarda.
Pensa-se que terá sido edificado por D. Afonso IX de Leão em 1232, passando a fazer parte do território português após o Tratado de Alcanices (1297). O castelo, de estilo românico/gótico, de traçado oval irregular, com torre de menagem de planta quadrada, é por excelência um castelo de montanha.

5.    Castelo de Alfaiates (Sabugal)

Encontra-se edificado sobre um planalto circundado por um terreiro e construções rústicas. De provável origem no século XIII quando lhe foi concedida a carta de foros e costumes por Afonso X de Leão designada como Castillo de La Luna. O castelo foi integrado em território português após o Tratado de Alcanices. Em 1811 desempenhou uma função defensiva perante a invasão francesa. Após a sua extinção como concelho em 1836, o castelo foi transformado em cemitério. Este castelo, de arquitetura militar, tem uma dupla cintura de muralhas, estando a cintura interna parcialmente destruída. A tipologia é românico-gótica e de planta quadrada.

6.    Castelo do Sabugal

Situa-se junto ao rio Côa, foi construído por D. Afonso IX de Leão em 1190. A partir do Tratado de Alcanices passou a integrar o território português (1297). O castelo foi alvo de importantes obras sob a direção de Frei Pedro, do Mosteiro de Alcobaça (1303). Em 1641 realizaram-se novas obras, incluindo-se a torre do relógio. O castelo foi base de apoio às tropas luso-britânicas no combate à Terceira Invasão Francesa (1811). De planta aproximadamente retangular, foi construído nos séculos Xll-XIII e ampliado por D. Dinis, que nele ergueu uma torre de menagem pentagonal de 30 metros de altura, aquando da conquista das terras de Riba-Côa. A defesa da torre é reforçada por matacães. A cidadela encontra-se pontificada por torreões com ameias, sulcados por seteiras em cruz. Das alterações levadas a cabo no reinado manuelino, mantém-se um portal de acesso à ponte levadiça. Saliente-se a espessura e a altura das cortinas da alcáçova, bem como a presença de uma barbacã (muro no exterior das muralhas). Segundo as crónicas, o governador da Praça de Alfaiates, Brás Garcia de Mascarenhas, poeta e autor do Viriato Trágico, esteve aprisionado na torre do relógio. Este castelo ocorreu também a cerimónia do matrimónio da “formosíssima Maria”, filha de D. Afonso IV, com Afonso XI de Castela.

7.      Ponte de Sequeiros (Sabugal)

É uma ponte fortificada românica de afloramentos graníticos, sustentada por três arcos planos, sendo o central o de maior diâmetro. Apresenta uma torre de planta quadrada com vão em arco plano de ambos os lados, possui dois talhamares, tabuleiro rampante facetado, parapeito em cantaria e pavimento ladeado com continuidade em calçada. A sua construção remonta ao século XIII. A ponte funcionava como marcação de fronteira e a Torre como portagem fronteiriça antes da incorporação das terras de Riba-Côa no território nacional.
 

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