No topo do Parque, no Edifício do Palácio da Justiça, de arquitetura recente, (1959) típica do Estado Novo, pode observar as gravuras de Euclides Vaz alusivas à Justiça.

De regresso, novamente pela Av. 25 de Abril a caminho da Praça da República, visite a Casa Mora, edifício de estilo romântico de 1875 onde se instalou o Museu Municipal.

Na Praça da República, a Igreja Matriz do Divino Espírito Santo, é o edifício dominante. De fundação quatrocentista, a qualidade das figuras em azulejo, merecem uma visita mais demorada.

Passe pelo Coreto, onde as Filarmónicas tinham por hábito dar os seus concertos, e pela Tágide, escultura do Mestre Lagoa Henriques, que evoca as ninfas do Tejo tão cantadas nos versos de Camões.

A Rua Almirante Cândido dos Reis, a principal artéria do comércio tradicional, merece uma visita mais cuidada. As lojas mais antigas da cidade estão por lá. Visite a Galeria Municipal e aproveite para ver uma das exposições sempre presentes no espaço.

Siga até à Rua Joaquim de Almeida onde irá encontrar o Cinema-Teatro Joaquim d’Almeida, assim designado em homenagem ao grande ator montijense do século XIX.

Inverta o caminho, siga pela Rua da Misericórdia em direcção à Rua do Hospital. Aproveite para dar uma olhada nas fachadas dos edifícios revestidos a azulejo.

Quando chegar junto ao rio, dê um passeio pela Zona Ribeirinha, com Lisboa e os flamingos como fundo. Visite o Moinho de Maré do Cais, edifício que remonta aos séculos XIII / XIV. Movido pela água da maré, é o único edifício no Estuário do Tejo que se manteve com os mecanismos primitivos até à data da sua recuperação integral.

A história da cidade, sempre esteve associada ao rio. A pesca artesanal e o transporte de mercadorias para Lisboa, foram durante muitos anos, as principais actividades a ele ligadas. No Museu do Pescador pode ver através das imagens e dos artefactos, parte importante dessa história. Para sentir a atmosfera, termine a visita com um passeio pelas ruelas e becos do Bairro dos Pescadores, um dos mais antigos da cidade. 

O que visitar?

 

1. Parque Municipal Carlos Loureiro, desenhado em 1956 pelo arquiteto paisagista Caldeira Cabral e o Palácio da Justiça com relevos de Euclides Vaz, cuja temática se relaciona com “O Direito Natural e a Lei” e “A Doutrina e a Jurisprudência”.

2. Museu Municipal Casa Mora, edifício construído em 1875 de estilo francês da época do II Império, ostenta uma fachada revestida por painéis de cantaria. Adquirido pela Autarquia nos anos 80.

3. Mercado Central, um edifício de 1957 composto por dois pisos e fachada dividida em três corpos, ostenta uma majestosa torre de relógio.

4. Igreja Matriz do Divino Espírito Santo, a qualidade dos azulejos com cenas do Antigo Testamento, fazem deste edifício merecedor de uma visita mais atenta. O arco triunfal encimado por uma pomba, representa o Espírito Santo, Padroeiro da Igreja e da cidade do Montijo.

5. Coreto, construído por subscrição pública de um grupo de cidadãos, sob a orientação do Padre Gomes Pólvora, durante anos pároco da cidade e grande amante de música, ocupa o centro da Praça da República.

6. Tágide, da autoria do Escultor Lagoa Henriques. Construída em bronze, pedra, betão armado, aço e inox. Foi inaugurada a 25 de Abril de 2004.

7. Cinema-Teatro Joaquim d’Almeida, construído em 1957, foi adquirido pela Autarquia em 1999 e remodelado em 2005, abrindo ao público com uma programação cultural regular.

 

8. Moinho do Cais, é o único exemplar conhecido de Moinho de Maré no Estuário do Tejo que se manteve com os mecanismos primitivos, resistindo no século XIX às adaptações industrializantes que generalizaram a transmissão por meio de rodas dentadas metálicas.

9. Quinta do Pátio d’Água, casa de arquitetura tipicamente portuguesa da autoria de Pardal Monteiro, datada de 1919, alberga hoje, após uma profunda reconstrução e remodelação, a sede da Junta de Freguesia da União de Freguesias de Montijo e Afonsoeiro.

10. Museu do Pescador, situado na Av.ª dos Pescadores, é um espaço com 80 peças, onde a comunidade piscatória se revê na sua identidade, na sua cultura e nos seus costumes.

Folheto :: Montijo - Um Percurso pela Cidade