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15 espetáculos, um debate sobre o potencial político da arte e dezenas de atividades marcam a rentrée do Teatro Nacional D. Maria II

Entre setembro e dezembro de 2025, o D. Maria II mantém uma programação diversa em Lisboa, na Sala Estúdio Valentim de Barros / Jardins do Bombarda, no Teatro Variedades e noutros espaços da capital, assim como nas várias regiões do país, em parceria com teatros e municípios no Norte, Centro, Alentejo, Algarve e Ilhas.

O nariz de Cleópatra, pois claro! © Pedro Macedo, Framed Photos Luta Armada © Filipe Ferreira, TNDM II

No último quadrimestre de 2025, já perspetivando a reabertura do seu edifício no Rossio, encerrado para obras de requalificação, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, o Teatro Nacional D. Maria II mantém uma atividade cultural em todo o país e também em Lisboa, com uma programação diversa que, entre setembro e dezembro, contará com 15 espetáculos, dezenas de projetos de participação, um debate sobre Gaza, o papel das instituições e agentes culturais e o potencial político da arte, um evento de pensamento em Braga, oficinas, conversas, ações de formação e atividades para escolas.

Em Lisboa, o D. Maria II continuará a apresentar espetáculos no Teatro Variedades, numa parceria com este espaço e a Lisboa Cultura, e na Sala Estúdio Valentim de Barros, nos Jardins do Bombarda, numa parceria com a Largo Residências, assim como no CAM – Centro de Arte Moderna Gulbenkian, que acolherá o último espetáculo da programação de 2025 do Teatro.

Nesta rentrée, o D. Maria II estreia O Nariz de Cleópatra, pois claro!, com versão cénica e direção de Cristina Carvalhal, que estará em cena de 12 de setembro a 5 de outubro, no Teatro Variedades. O espetáculo, a partir de O Nariz de Cleópatra, de Augusto Abelaira, publicado em 1962, acompanha um grupo de aventureiros do século XXIII que embarcam numa nave e alteram o rumo da história. É o último de 6 projetos da programação do D. Maria II a apresentar-se no Teatro Variedades neste ano de 2025, ao abrigo de uma parceria entre os dois espaços culturais. A estreia de O Nariz de Cleópatra, pois claro!, no dia 12 de setembro, será antecedida da cerimónia de entrega da 6.ª edição do Prémio Revelação Ageas Teatro Nacional D. Maria II, uma iniciativa do Teatro Nacional D. Maria II e do Grupo Ageas Portugal que, anualmente, premeia jovens talentos no setor teatral.

Na Sala Estúdio Valentim de Barros, nos Jardins do Bombarda, o arranque do último quadrimestre do ano faz-se já esta semana, a 5 de setembro, com a apresentação final do projeto internacional de formação teatral avançada – École des Maîtres que, este ano, contará com a participação de 20 jovens intérpretes da Bélgica, França, Itália e Portugal, num projeto artístico desenvolvido com o encenador iraniano Amir Reza Koohestani. Logo de seguida, ainda em setembro, os Jardins do Bombarda recebem dois espetáculos da programação da BoCA – Bienal de Artes Contemporâneas 2025, apresentados em parceria com o D. Maria II: Toda la Luz del Mediodía, uma criação do artista espanhol Julián Pacomio, em cena a 13 e 14 de setembro, e que dá continuidade à sua investigação singular sobre o tempo, a luz e o corpo como paisagem sensível; e Coral dos Corpos sem Norte, um espetáculo do artista angolano Kiluanji Kia Henda, que reflete sobre a migração como um processo da pemba e que se estreia a 20 e 21 de setembro.

Ainda em setembro, no dia 16, às 19h, os Jardins do Bombarda serão palco do debate Gaza: Pensar, Resistir, Imaginar, promovido pelo Teatro Nacional D. Maria II com o objetivo de refletir sobre a função pública das instituições e dos agentes culturais, os riscos do silêncio e o potencial político da arte. Com moderação de Maria Vlachou, este encontro, de entrada livre, contará com a participação de Joana Craveiro, da Direção Artística do Teatro do Vestido, Patrícia Fonseca, jornalista, Pedro Penim, Diretor Artístico do D. Maria II, e Shahd Wadi, poeta e investigadora.

Este debate marca o arranque de uma programação especial do D. Maria II dedicada à Palestina, pensada para promover uma reflexão crítica e plural sobre a urgência do momento e o papel das artes. Depois do debate, e até fevereiro de 2026, serão disponibilizados no site do Teatro um ciclo de vídeos com testemunhos de jornalistas, académicos, artistas, ativistas e pensadores nacionais e internacionais — cada um com uma mensagem, um olhar sobre Gaza, e uma sugestão cultural como convite à escuta e à ampliação de perspetivas.

Durante o quadrimestre setembro – dezembro de 2025, serão ainda apresentados mais 6 espetáculos na Sala Estúdio Valentim de Barros, nos Jardins do Bombarda:

  • Luta Armada, uma criação de André Amálio e Tereza Havlíková / Hotel Europa, estreada em 2024, e que, depois de uma digressão nacional, regressa agora a Lisboa, para apresentações de 26 de setembro a 12 de outubro, com um modelo de preçário Pague o que quiser.
  • As Secretárias, em cena de 17 a 19 de outubro, uma encenação de Maria Inês Marques do texto do coletivo norte-americano feminista The Five Lesbian Brothers, publicado nos anos 1990.
  • Itinerário, uma criação de Rogério Nuno Costa, que se apresenta de 29 de outubro a 2 de novembro, em estreia, no âmbito do projeto STAGES (Sustainable Theatre Alliance for a Green Environemental Shift), e é o resultado de um laboratório experimental nas interseções entre arte, ciência e tecnologia que, durante três anos, juntou o artista a investigadores da teoria dos media, da performance e das ciências ambientais.
  • Dois espetáculos integrados na programação do Alkantara Festival, que trazem para palco o universo da ficção científica e paisagens futuristas e pós-apocalípticas: Flesh can’t can’ t not’t ‘tis flesh h..., de Mario Barrantes Espinoza, da Costa Rica/Nicarágua, que estará em cena a 16 e 18 de novembro; e Galactic Crush II: Into the Cold, uma criação dos libaneses Stephanie Kayal & Abed Kobeissy, em cena a 22 e 23 de novembro.
  • A encerrar a programação do D. Maria II na Sala Estúdio Valentim de Barros, de 3 a 7 de dezembro, estará Rito de Transição: Corpo T, a nova criação de Ritó Natálio, desenvolvida no âmbito do projeto STAGES, e que procura ser uma fábula política dedicada aos processos de transição, numa ode às parentalidades e infâncias queer.

A encerrar o ano, de 12 a 14 de dezembro, o D. Maria II estreia ainda, no CAM – Centro de Arte Moderna Gulbenkian, o espetáculo carne.exe, uma criação de Carincur e João Pedro Fonseca, onde um performer humano (Albano Jerónimo) contracena com um modelo de inteligência artificial, de criação original, com capacidades performativas — AROA (Artificial Relational Ontological Agent) — treinada com material poético e filosófico. Entre diálogos reais e improvisados, Albano Jerónimo e AROA pensam juntos sobre o toque, a consciência e o futuro da coexistência entre espécies, neste espetáculo com produção do ZABRA - Centro de Investigação de Arte Pós-Humana e coprodução do Teatro Nacional D. Maria II, com o patrocínio da NTT DATA Portugal. 

Nesta rentrée, o D. Maria II continua a manter uma atividade cultural regular em todo o país, com diversos espetáculos e atividades. O espetáculo Auto das Anfitriãs, de Inês Vaz e Pedro Baptista, a partir de Luís de Camões, será apresentado em 7 municípios de norte a sul do país até ao final do ano, no âmbito do projeto Próxima Cena, uma iniciativa do Teatro Nacional D. Maria II e da Fundação ”la Caixa”, em colaboração com o BPI. Também os espetáculos Cabe mais um? e Não se pode! Não se pode!, com encenação de Catarina Requeijo e destinados a crianças a partir dos 3 anos, serão apresentados em sessões para famílias e em jardins de infância de Lagos, Ourém e Ponte de Lima, no âmbito do projeto Boca Aberta, desenvolvido pelo D. Maria II e pela Fundação ”la Caixa”, em colaboração com o BPI, e em parceria com o Plano Nacional das Artes e os Municípios de Lagos, Ourém e Ponte de Lima.

Paralelamente, o programa de arte participativa ATOS, desenvolvido pelo D. Maria II e pela Fundação Calouste Gulbenkian desde 2023, porá em prática 25 microprojetos até ao final do ano, nos municípios de Funchal, Lamego, Loulé e São João da Madeira, com o propósito de envolver as comunidades e promover a participação através das práticas artísticas. No âmbito deste mesmo programa, em Évora, decorrerá ainda um laboratório de experimentação em práticas artísticas participativas, desenvolvido pelo coletivo artístico ondamarela e dirigido a profissionais, amadores, estudantes ou investigadores. 

O pensamento e a formação são outras duas áreas que merecerão a atenção do D. Maria II neste último quadrimestre do ano. A 27 e 28 de novembro, o Theatro Circo e o gnration, em Braga, serão palco do evento de pensamento Cenários que, nesta que é já a sua 4.ª edição, partirá das experiências e aprendizagens proporcionadas pelos projetos Odisseia Nacional, do D. Maria II, e Braga 25 – Capital Portuguesa da Cultura, para refletir sobre questões fundamentais para o futuro da arte e da cultura em Portugal. No âmbito deste programa de pensamento, será ainda apresentado o espetáculo La Vie Sècrete des Vieux, de Mohamed El Khatib, no dia 28 de novembro, no Theatro Circo.

A Tobis Portuguesa, em Lisboa, irá também receber 3 ações de formação destinadas a profissionais:

  • A Voz Invisível: O Regresso do Ponto de Teatro, uma formação conduzida por Cristina Vidal, que exerceu a profissão de Ponto durante mais de 40 anos (grande parte deles, no D. Maria II), e que se destina a profissionais e estudantes de teatro, interessados em funções de apoio à cena e à encenação.
  • Práticas de encontro: Encontro como prática artística, com orientação de Raquel André e dirigida a artistas com e sem deficiência e Surdos, com enfoque particular na comunidade cega.
  • Criação de projetos artísticos participativos, uma formação desenvolvida pelo D. Maria II e pela Fundação Calouste Gulbenkian, no âmbito do programa ATOS, que contará com 10 módulos e diferentes formadores, destinando-se a profissionais da área da cultura com experiência prévia em projetos artísticos e culturais participativos e/ou práticas artísticas regulares com comunidades e grupos.

Pelo país, decorrem ainda Oficinas de Teatro para alunos do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico; espetáculos com sessões para escolas, seguidas de conversas com os artistas; formações dirigidas a educadores de infância, auxiliares de ação educativa e professores do 1.º ciclo; Conversas e Fóruns destinados a agentes da cultura e da educação. Uma programação intensa e diversa que, um pouco por todo o país, continua a apresentar espetáculos, projetos de participação, eventos de pensamento, lançamentos de livros, oficinas, ações de formação e atividades para escolas.

Conheça em detalhe toda a programação do Teatro Nacional D. Maria II para o final do ano de 2025 em tndm.pt.

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