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Ainda Ramos Rosa, um poeta da liberdade

O terceiro e último volume da poesia édita do autor português chega, por fim, às livrarias portuguesas.

Obra Poética III reúne, em conjunto com os dois anteriores volumes, toda a poesia édita daquele que foi um dos grandes poetas portugueses do século XX. Um militante acérrimo dessa forma de liberdade chamada poesia, António Ramos Rosa foi também um forte opositor político ao regime de Salazar, sofrendo as consequências da prisão política. Contudo, nem mesmo os anos de democracia o demoveram de a procurar permanentemente: «O que é que vibra ainda? Será a liberdade?» E ainda que vivendo num mundo de muitas ilusões e falsas promessas, «Será a liberdade apenas um nome e um anseio?», Ramos Rosa assegura-nos, «Mas a palavra oferece-nos a liberdade».

Nestas quase três mil páginas somadas, com edição de Luis Manuel Gaspar, é-nos possível explorar todos os lados desta poesia. Como nos diz Rosa Maria Martelo, num posfácio aqui incluído e que se debruça sobre os três volumes: «Não conheço outra poesia que se organize tão insistentemente em torno da formulação de perguntas, de uma espécie de maiêutica interna. Quem percorre a Obra Poética de António Ramos Rosa depara-se muitas vezes com frases interrogativas, versos que terminam com um ponto de interrogação, poemas que partem de uma pergunta ou de uma série de perguntas, livros que se organizam em torno de uma só questão exaustivamente tratada.»

Obra Poética III já se encontra em pré-venda e chega às livrarias a 13 de novembro de 2025, com edição da Assírio & Alvim, uma chancela do Grupo Porto Editora.

SOBRE O LIVRO
Obra Poética III 
Autor: António Ramos Rosa
Edição: Luis Manuel Gaspar
Posfácio: Rosa Maria Martelo
N.º de Páginas: 920
PVP: 44,00€
Coleção: documenta poetica

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SOBRE O AUTOR

António Ramos Rosa
Destacado poeta e crítico português nascido em Faro em 1924. Foi militante do MUD (Movimento de União Democrática) e conheceu a prisão política. Trabalhou como tradutor e professor, tendo sido um dos diretores de revistas literárias como Árvore e Cassiopeia. O seu primeiro livro de poesia, O Grito Claro, foi publicado em 1958. A sua obra poética ultrapassa os cinquenta títulos. É ainda autor de ensaios, entre os quais se salienta A Poesia Moderna e a Interrogação do Real (1979-1980). Em 1988 foi distinguido com o Prémio Pessoa. Faleceu em setembro de 2013.
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