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Exposições

"Aldebaran Caída por Terra"

Uma série de pinturas moldadas, com formas irregulares e orgânicas, onde o volume e incidência da luz se insinuam na forma de ver os (quase todos) rostos, pintados a pastel de óleo. Penduradas com cordão de couro, por contraste com formas geométricas, estão ao mesmo tempo espalhadas e agrupadas, podendo ser encaradas como uma enorme instalação.

13 Mar a 22 Jun 2025

MNAC - Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado
Rua Capelo, 13 1200-444 Lisboa
Aldebaran Caída por Terra é dominada pelo encontro com as considerações extraordinárias de Karen Blixen nos seus Sete Contos Góticos e os imprevistos e encantamentos dos contos italianos que Italo Calvino compilou, e que, já há alguns anos, leio à minha filha antes de adormecer.

As Máscaras, Wilde Frau e Mulher com Espelho, Apolo & Dafne, A Cabeça no Armário, Os Meninos (a partir de Paolo Ucello), O Anjo e As Aias. Assim foram agrupadas as pinturas e, entre estas, estão Sombras. Sombras são desenhos a tinta-da-china sobre papel esquisso, de tamanhos variados e formas irregulares, que percorrem toda a exposição e a alicerçam: são as sombras das pinturas, mas umas sombras com vida própria.

Aldebaran Caída por Terra é também um filme tragicómico: um texto contado que parece ser uma interminável história de encantar embate numa antiga colecção de imagens de filmes, de actores e actrizes de épocas que já lá vão, tal como as histórias de encantar; ídolos queimados.

Aldebaran Caída por Terra é como um sonho, é uma espécie de viagem.

“Senhora, um dia houve em que estive no cárcere. Ali não podia olhar as estrelas, mas costumava sonhar com elas. Sonhava que, por não poder vigiá-las, elas corriam por todo o firmamento, e os pastores, que à noite conduziam as ovelhas e os camelos, se perdiam no caminho. Sonhei, até, uma vez consigo, senhora, e que, ao encontrar a estrela Aldebaran caída do céu, a apanhei e lha ofereci.”

Karen Blixen, “Nas Estradas de Pisa”, Sete Contos Góticos (1934, 1961), traduzido por Maria José Jorge, Volume I, Biblioteca de Bolso, Dom Quixote, 1987.

Adriana Molder
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