Sinopse
Uma mulher já é arte. Já somos uma conveniente jarra de flores em cima da mesa da casa de jantar. Mas não somos uma simples jarra. Performamos mais do que toda a gente, muito mais do que uma jarra inanimada.

Uma mulher performa até o seu respirar. O que performará uma mulher artista.... Faço performances de performances, num espelho infinito de coisas postiças que deixaram de fazer sentido há três reflexos atrás. Somos arte não é?

Qualquer mulher... A maneira como arranjei o cabelo hoje, é arte. A maneira como os meus braços caem ao longo do corpo, enquanto tricoto é arte. O meu sorriso é arte.

Eu nasci, pronta a ser moldada ao bom e ao belo, pronta a ser catalogada como objeto artístico. E a arte não se interpreta a ela mesma. É apreciada observada, criticada.

Mas não pode interpretar-se a ela mesma. Pode conter ideias em si mesma, mas só em si mesma. Então o que é uma mulher artista? Uma ideia que não se conteve?

UM EMARANHADO SÓ debate a identidade e o lugar da mulher no mundo artístico. Através da presente noção de duas ações aparentemente antagónicas (Emaranhar e Desemaranhar) reflete-se sobre o emaranhado que criam os desafios da criação feminina num mundo moldado por uma visão patriarcal, que tende a se desinteressar pelas implicações reais de se ser mulher.

Ficha artística e técnica
Criação, Dramaturgia, Produção e interpretação: Jade Cambournac
Criação, interpretação e cenografia: Riza Torres
Desenho de Luz e Operação Técnica: Gustavo Correia

CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA | M/12
DURAÇÃO | 55 min

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