Exposições
Leonel de Castro expõe "Douro, paisagem humana", um retrato da transformação social da região duriense
A Fujifilm House of Photography apresenta até janeiro de 2026 a exposição de Leonel de Castro, um dos mais reconhecidos fotojornalistas portugueses.
7 Nov a 31 Jan 2026
A mostra, inaugurada a 7 de novembro, convida o público a mergulhar na relação íntima entre a terra duriense e as suas gentes, numa homenagem à persistência, ao trabalho e à transformação social do interior norte de Portugal.
Através de um olhar documental e profundamente humano, Leonel de Castro revela o Douro para além da paisagem idílica e turística: um território habitado por histórias de resistência, migração e mudança. Em cada imagem, o fotógrafo fixa os rostos e gestos de quem molda esta região com as mãos, desde viticultores, imigrantes, famílias que resistem à desertificação e jovens que procuram um lugar neste território de contrastes.
Com curadoria do próprio autor, a exposição é estruturada como um ensaio visual dividido em quatro núcleos, que percorrem o Douro desde as raízes familiares do fotógrafo até à realidade contemporânea das novas comunidades que hoje habitam a região. O visitante é convidado a percorrer um caminho entre o passado e o presente, entre o património rural e o retrato social, reconhecendo no Douro um espelho do país e do seu tempo.
Nascido em Münster, na Alemanha, e com raízes em Lavandeira de Ansiães, Leonel de Castro é fotojornalista do Jornal de Notícias e colaborador de publicações como Notícias Magazine, Volta ao Mundo, Evasões e O Jogo. Ao longo da sua carreira, conquistou distinções nacionais e internacionais, incluindo o POY (Pictures of the Year International), o Prémio Estação Imagem, o Prémio Fuji Fotojornalismo Portugal, o Prémio Visão e o Prémio Pacheco de Miranda, entre outros. Em 2025, recebeu a Medalha de Mérito da Cidade do Porto, atribuída pelo então Presidente da Câmara Municipal, Rui Moreira, pelo conjunto da sua obra.
O seu percurso é marcado por uma abordagem comprometida com as causas humanas e sociais. Obras como Despojos de Guerra, Pare, Escute, Olhe e Minhotos de Pele Salgada revelam um olhar atento às transformações da sociedade portuguesa e às suas fronteiras mais íntimas, um trabalho que cruza memória, território e identidade.
Uma agenda cultural para 2026
Com esta exposição, a Fujifilm House of Photography reforça o seu papel como espaço de encontro entre fotografia, cultura e comunidade. Ao longo de 2026, a Fujifilm irá promover uma agenda diversificada de exposições, conversas e iniciativas culturais, valorizando a fotografia como linguagem de expressão artística, documental e social.
Horário de funcionamento da «FUJIFILM House of Photography»
Segunda a sábado: das 10h00 às 19h00
Domingos e feriados: Encerrado
(Horário sujeito a alterações).

