"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Exposições

Dualidade – entre o real e o ilusório

Exposição de Sérgio Odeith.

28 Nov a 10 Jan 2026

Galeria Municipal do Montijo
R. Almirante Cândido dos Reis, 12 2870-253 Montijo
Preço
Entrada livre

Nas últimas décadas, a arte de rua afirmou-se e, num desafio das fronteiras entre o tradicional e o contemporâneo, tem vindo a conquistar o seu espaço nas galerias. O impacto cultural da arte urbana, a sua autenticidade, juntamente com a sua capacidade de se conectar com o público, tornaram-se muito atrativos.

Banksy, Basquiat, Vihls, Bordallo II começaram as suas carreiras nas ruas e gradualmente foram reconhecidos por galerias e colecionadores de arte.

Também Sérgio Odeith, que agora se apresenta na Galeria, é um artista de rua, um graffiter reconhecido internacionalmente pela sua anamorphic art, cujas composições se destacam pelo seu realismo.

O autor do mural, no Pavilhão Municipal, onde estão os maiores vultos montijenses do futebol, traz-nos “Dualidade – entre o real e o ilusório”, exposição que marca a mistura de estilos, de técnicas e visões que se cruzam no mesmo espaço.

Fica o convite!

Inauguração: 28 de novembro, às 17h30
Horário da Galeria Municipal: 3ª a sábado | 9h00-12h30 / 14h00-17h30

“Dualidade” entre o Real e o Ilusório

Esta exposição mostra duas fases distintas do meu percurso — uma mais antiga, e outra mais recente. Há aqui quadros que fiz há vários anos, mais focados no realismo e em temas variados: insetos, retratos, animais, letras tridimensionais que vêm da minha vertente do graffiti, e alguns rostos realistas. Representam uma fase em que o objetivo era capturar o real de forma precisa, quase fotográfica, mas sempre com aquele lado de rua que nunca deixei.

Com o tempo, senti a necessidade de explorar mais o lado da ilusão — algo que sempre me acompanhou no trabalho que fiz nas ruas, sobretudo nas peças anamórficas. Durante mais de 20 anos pintei ilusões ópticas em muros, cantos de fábricas abandonadas, ou em eventos, onde a própria arquitetura ajudava a criar o efeito. Mas sempre tive a curiosidade de perceber se conseguiria transportar essa sensação para uma superfície totalmente plana — uma tela.

Foi daí que nasceu este novo estilo. Quadros que à primeira vista parecem abstratos, mas que, vistos de lado, revelam algo mais — um rosto, um animal, uma figura escondida. É quase como se o quadro tivesse duas vidas: uma mais livre e caótica quando visto de frente, e outra mais concreta e real quando apanhado no ângulo certo. Essa transição, entre o real e o ilusório, é o que dá nome à exposição.

Esta série representa uma nova fase — uma mistura entre o passado e o presente. Mantém a base do realismo que sempre trabalhei, mas abre espaço para a experimentação, para a abstração, e para o jogo visual. É uma tentativa de trazer a ilusão óptica, que sempre existiu nas ruas, para dentro da galeria e para um formato mais íntimo.

Não sei se este caminho vai durar, ou se é apenas uma etapa. Mas neste momento é o reflexo mais fiel do que faço e do que me desafia: encontrar o equilíbrio entre o real e o ilusório.

Sérgio 2025

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