Exposições2
Rui Paiva expõe pela terceira vez em Cascais
A presente mostra escreve-se em diários gráficos, rituais de iniciação para artistas que viajam nos espaços, nas paisagens, nas pessoas, de caneta em riste, de grafite em pó, de mancha de aguarela.

16 Set a 15 Nov 2017
Anteriormente, expôs, em 2012, na Casa de Santa Maria, um conjunto de aguarelas e desenhos pontuados com algumas das suas de peças conceptuais, (Kimono e Gaveta Urbana).
E, mais tarde, em 2013, "Window talks", na capela, Centro Cultural de Cascais, as séries Windowtalks, (dedicada ao Facebook, 2010) e Máscaras (2009), com os painéis da globalização.
A presente mostra escreve-se em diários gráficos, rituais de iniciação para artistas que viajam nos espaços, nas paisagens, nas pessoas, de caneta em riste, de grafite em pó, de mancha de aguarela.
Seguem-se, neste espaço tão forte, as imagens, os locais, os registos, assim como traços, perceções e emoções.
Pequenos filmes que se afagam no papel. Sempre diferente na textura e nos formatos. E no traço.
A exposição terá vertentes diversas, centradas nos diários, evoluindo dos apontamentos de viagens a Oriente, Macau, Hong Kong (esta recente, 2015), ou Kho Samui, na Tailândia, nos anos 80, ou o rio (Tejo) esculpido nas suas margens. Outros são de temporalidade anual, como os do Porto Moniz e de Montegordo.
Diferentes traços, tons, cores, registos, desejos...
Plasmas, trazem a complementaridade da dimensão digital das páginas dos diários expostos nas vitrinas, às curtas criadas em Moçambique, em 1974, de uma curta sobre as "Recolectoras de amêijoas da Costa do Sol" até às aulas de alfabetização nos subúrbios de Lourenço Marques, atualmente Maputo.
O lado conceptual estará numa tela – livro (suspensa) de 3 metros. Também em objetos tácteis.
A exposição representará esse Hexágono de Arte:
A imagem; a ilustração; a textura; o digital; o som e o aroma/paladar.
Não se confina ao desenhar de momentos para os transformar em memórias, mas sim de traçar o dia-a-dia para os viver de uma forma mais intensa e sã.
Diários gráficos são eles mesmos gestos de respiração de um artista.
Diários gráficos são suspiros escritos com a tinta do tempo.
Rui Paiva