Relações com os países africanos, Timor e Macau
As prioridades pós-transição – Miguel Santos Neves
É explicitado o longo processo de substituição da soberania portuguesa pela chinesa em Macau. Já em 1967, tentando evitar uma “segunda Goa”, Salazar encetou negociações com a China no sentido da passagem de soberania. Por motivos específicos da estratégia mais global de reunificação que envolvia também Hong Kong e Taiwan, durante três décadas, a China consentiu a permanência portuguesa em Macau. Fora do espaço de influência direta de Portugal, Macau terá importantes desafios, nomeadamente e tendo em vista o reforço do seu sistema democrático, garantir o respeito pelo sistema “um país, dois sistemas”, já aplicado para o caso de Hong-Kong, diversificar e alavancar a sua economia, reformar a área administrativa reforçando a sua eficiência e transparência, bem como a consolidação do sistema jurídico.