Política de Cooperação

Cooperação em África, por Daniel Cardoso

O processo de descolonização, que garantiu a independência a vários países, não garantiu o fim do intervencionismo dos países ex-colonos. Apesar deste intervencionismo ter sido originalmente marcado por uma espécie de neocolonialismo económico, por um lado, e pela influência exercida pelos Estados Unidos e pela URSS durante o confronto bipolar, por outro, a partir do final da Guerra Fria, o paradigma da influência dos Estados mais desenvolvidos sobre os Países em Desenvolvimento alterou-se. Assume agora como principal objetivo a consolidação da paz, que passa por uma cooperação para o desenvolvimento de matriz claramente ocidental. Assim, a liberalização apresentava uma dupla componente: a económica e a política. Além dos requisitos económicos, estes projetos exigiam igualmente a concretização de certos objetivos políticos como a implementação da democracia ou o respeito pelos Direitos Humanos. No entanto, a implementação deste modelo de reconstrução de matriz distintamente ocidental possui vários erros e contradições, que levaram ao fracasso da mesma.

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Data
2005-12-05
OBS
CARDOSO, Daniel - Cooperação em África. XXIII Conferência Internacional de Lisboa: Portugal na Europa e no Mundo. Lisboa: IEEI. 2005. págs.
Dimensão do suporte
3 págs.
Idioma
Português