Ordem Internacional e Multilateralismo

O papel do regionalismo, por Alexandra Barahona de Brito

Um “regionalismo competitivo”, resultado do estabelecimento de uma multiplicidade de acordos que siga as regras da WTO, ou até as transcenda, é compatível com o multilateralismo. De facto, existe uma relação complexa de tensões e complementaridades entre o regionalismo e o multilateralismo – não obstante, este facto prova menos que existe um antagonismo inerente entre regionalismo e o novo multilateralismo e mais a favor da inadequação das disposições atuais para a governança multilateral humana. O regionalismo pode tornar-se um módulo de construção, em vez de um obstáculo ao multilateralismo se for capaz de lidar de forma eficaz com os problemas de identidade, participação e legitimidade. Ao mesmo tempo, não podem haver lealdades condicionadas – uma associação política biregional entre a UE e o Mercosul é uma das melhores formas de garantir a sobrevivência e o crescimento de espaço de autonomia internacional na are internacional contra a unipolaridade e a ação unilateral.

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Data
2001-01-01
OBS
BRITO, Alexandra Barahona de – O papel do regionalismo. O Novo Multilateralismo: Perspectiva da União Europeia e do Mercosul. Instituto de Estudos Estratégicos e Internacionais: Lisboa (2001), pp. 37-42. págs.
Dimensão do suporte
6 págs.
Idioma
Português