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Música

TARJA

Tarja Turunen, a diva do metal sinfónico por excelência, regressa a Portugal em Novembro para apresentar o seu novo álbum de originais a solo «The Shadow Self».

4 Nov 2016

Aula Magna
Alameda da Universidade 1600-214 Lisboa
1ª Parte: Special Guests
Abertura de Portas: 20h00 - Inicio espetáculo: 21h00

 

Quando se pensa numa cantora lírica soprano associada ao heavy metal, não há como contornar a realidade de que o primeiro nome que vem à cabeça é inevitavelmente o de TARJA. Entre 1996 e 2005, tornou-se conhecida internacionalmente como frontwoman dos Nightwish, porta-estandartes e pioneiros do metal sinfónico como o conhecemos hoje, uma das mais aplaudidas e badaladas propostas dentro de um género que, na transição para o novo milénio, acabou por transformar-se numa das coqueluches da música pesada. Hoje em dia, mais de duas décadas depois, sabe-se que o segredo para o enorme sucesso do grupo finlandês residia exatamente no estilo muito próprio e individual da sua vocalista que, através do um tom tão poderoso como doce, consegue criar uma conexão emocional com os ouvintes que transcende quaisquer linguagens, localizações ou estilos musicais. Seja como solista com a Ópera Nacional Finlandesa, a cantar numa igreja, ou a segurar a atenção de milhares de fãs de rock em arenas pelo mundo, TARJA é um verdadeiro fenómeno.

Não é por isso estranho que o inesperado despedimento da cara e voz por trás de êxitos colossais como «Oceanborn», «Wishmaster» ou «Once», através de uma carta aberta enviada à imprensa em 2005, tenha deixado de rastos uma enorme legião de seguidores. Felizmente, TARJA não se deixou abalar, tendo encetado uma carreira a solo que, durante a última década, tem espelhado na perfeição a versatilidade que caracteriza o seu talento, mantendo os fãs de longa data e, ao mesmo tempo, chegando também a um público mais vasto. Apoiada numa sequência de registos soberbos em que se tem dividido entre o rock, o metal, a pop e a ópera, a talentosa finlandesa tem levado a cabo um rigoroso esquema de digressões, atuando perante plateias esgotadas um pouco por todo o lado. No próximo dia 4 de Novembro, o público nacional vai ter uma vez mais oportunidade de se render ao charme da diva de Kitte, que regressa por fim ao nosso país para apresentar o seu mais recente registo de originais, que tem data de edição agendada para este ano. Recorde-se que esta é já a quarta passagem da carismática artista por Portugal, depois da estreia no Verão de 2005 no festival Vilar de Mouros ainda com os Nightwish e, em nome próprio, duas atuações colossais na Aula Magna, em 2012 e 2014.

Nascida Tarja Soile Susanna Turunen Cabuli a 17 de Agosto de 1977, ao longo de uma carreira que já dura há mais de duas décadas TARJA conseguiu alcançar o impensável unindo de forma muito inteligente mundos que, à primeira vista, pareciam estar em polos opostos; neste caso, o heavy metal e a ópera. Provavelmente ninguém pensava que seria possível ver dois estilos tão distintos a ombrearem de igual para igual, sem se diluírem um ao outro, mas a soprano finlandesa provou-o além de qualquer dúvida. Apesar de ter ficado mundialmente conhecida como a voz e a cara dos Nightwish, que fundou em 1996 ao lado de Tuomas Holopainen, esta natural de Kitte não ficou a descansar à sombra dos êxitos do passado quando, em 2005, foi subitamente dispensada pelos ex-companheiros. Aliás, o ano não tinha chegado ao fim e já estava de regresso à estrada, dando início a uma primeira tour em nome próprio que se estendeu até ao final de 2006, altura em que lançou o primeiro álbum solo, «Henkäys Ikuisuudesta». A 19 de Novembro de 2007, regressa ao formato rock/metal com «My Winter Storm», que se transformou num enorme sucesso comercial e inspirou mais uma digressão mundial. Incansável, lança «What Lies Beneath» a 3 de Setembro do ano seguinte, com a subsequente tour a dar origem ao DVD «Act I: Live In Rosario». Em Agosto de 2013 lança «Colours In The Dark» e, após a revolucionária colaboração com Mike Terrana em «The Beauty And The Beat» e de um muito aplaudido retorno à ópera com «Ave Maria – Ein Plein Air», de 2014 e 2015 respetivamente, está agendado para este ano o regresso às edições com o quinto álbum de originais a solo «The Shadow Self».

BIOGRAFIA

Durante as últimas duas décadas, a cantora soprano Tarja Turunen, transformou-se na estrela mais brilhante da cena rock/metal finlandesa e, a nível internacional, num dos rostos mais famosos no mundo da música. No entanto, quando nasceu, a 17 de agosto de 1977 na pequena aldeia finlandesa de Puhos, próximo da cidade de Kitee, no seio de uma família humilde, Tarja Soile Susanna Turunen-Cabuli jamais poderia ter imaginado o caminho que tinha pela sua frente. Uma coisa é certa, no entanto: a música marcou a sua vida desde o início. Os seus pais relembram com humor que Tarja começou a cantar antes sequer de ter aprendido a andar, recordando com muito carinho as suas façanhas destemidas como "animadora" de inúmeras festas em família. Por tudo isso, tornou-se desde cedo claro que o palco e os holofotes a atraiam, sendo que a pequena miúda de olhos verdes não demorou muito a perceber qual era sua vocação. Tarja iniciou os seus estudos musicais aos seis anos num instituto musical de Puhos, até que, aos quinze, se mudou para a pitoresca Savonlinna onde se destacou como uma estudante verdadeiramente esforçada, passando em todos os exames com as melhores notas na história da escola secundária local. De seguida, candidatou-se à reputada Academia Sibelius, especializada em música sacra e canto clássico. Além de ter de desenvolver a sua técnica vocal, foi forçada a estudar piano a sério, não apenas como um hobby, e o seu esforço foi compensado com notas perfeitas no final do ano letivo. Foi por esta altura que foi convidada para gravar três músicas para um projeto acústico; a experiência mudou para sempre a sua visão da música.

Com o bombástico e majestoso timbre de Tarja a ofuscar os outros instrumentistas, os Nightwish não demoraram muito tempo a transformar-se em algo diferente. Depois de gravarem uma única maqueta, os músicos assinaram com Spinefarm Records e, em 1997, lançaram o álbum de estreia «Angels Fall First». As reações do público e da imprensa não se fizeram esperar, com o carácter único do disco a suscitar respostas incrivelmente positivas; a banda começou a dar os primeiros concertos e, a partir de então, transformou-se na prioridade para Tarja, que colocou as suas ambições académicas temporariamente em stand by. Apesar disso, entre as tours e sessões de gravação, a vocalista foi sempre arranjando tempo para equilibrar os riffs do heavy metal com colaborações ocasionais que nunca lhe permitiram perder contacto com as melodias sumptuosas de Verdi e Wagner. No período compreendido entre 1998 e 2005, gravou mais quatro álbuns com os Nightwish, numa sequência de lançamentos – «Oceanborn» em 1998, «Wishmaster» em 2000, «Century Child» em 2002 e «Once» em 2004 – que mostrou o coletivo a crescer de uma forma incomensurável a todos os níveis. Os músicos partiram das margens da Finlândia para a fama internacional, percorrendo mares nunca antes navegados e abrindo caminho para toda uma vaga de grupos apostados em misturar o peso do heavy metal com a sumptuosidade da música clássica e sinfónica. Imparável, Tarja nunca deixou também de perseguir os seus sonhos fora do grupo, inscrevendo-se na Universidade Musical de Karlsruhe, na Alemanha, para dar continuidade aos estudos e colaborando com músicos como Beto Vazquez e Anssi Tikanmäki.

2004 transformou-se no ano mais movimentado para Tarja até então, com a vocalista a dar o primeiro passo no sentido de uma carreira em nome próprio com a edição do EP «Yhden Enkelin Unelma», composto por versões de duas canções tradicionais de Natal – o disco transformou-se num sucesso improvável, atingindo a marca de platina. Por sua vez, «Once», o quinto álbum dos Nightwish, chegou aos escaparates a 7 de Junho e afirmou-se como o maior sucesso da banda atingindo o #1 dos tops de vendas em cinco países, atingindo tripla platina na Finlândia e triplo Ouro na Alemanha. A tour mundial de promoção, a mais longa de sempre para o grupo, terminou a 21 de Outubro de 2005 em Helsínquia, com um espetáculo concebido propositadamente para posterior edição. Já após a atuação, e sem que nada o fizesse prever, a banda dispensou Tarja... O DVD, intitulado «End Of An Era», seria editado no Verão do ano seguinte. Com críticos e fãs de todo o mundo a elogiarem o seu enorme talento, Tarja não demorou muito a encetar uma carreira a solo que dura até hoje. Em 2006, dividiu-se entre várias colaborações, entre as quais se contam participações nos musicais «SPIN» e «Rhapsody in Rock», nos quais interpretou um repertório diverso, de peças clássicas a rock dos anos 60, e uma fulgurante passagem pelo Savonlinna Opera Festival, como solista e em colaboração com o famoso tenor finlandês Raimo Sirkiä e a Orquestra Sinfónica de Kuopio, em duas atuações lotadas que lhe valeram rasgados elogios.

Com Tarja dedicada essencialmente à música clássica e na sequência de um álbum de Natal, com o título «Henkäys Ikuisuudesta», de 2006, ninguém sabia bem o que esperar do seu regresso aos originais. Aquando da sua edição a 16 de Novembro de 2007 pela Universal Music, «My Winter Storm» revelou-se um registo de difícil categorização; nove anos no mundo do heavy metal tinham deixado a sua marca na cantora, mas este não era um registo ortodoxo dentro do género que a tinha tornado famosa. Temas como «I Walk Alone» mostraram-na a introduzir novos sons na sua música, num registo que atingiu transversalmente paisagens que iam do metal à ópera, passando pelo ambient e pop. O disco chegou ao #1 do top e atingiu a marca de disco de ouro na Finlândia no dia em que foi editado, transformando-se num enorme sucesso comercial também na Hungria, na República Checa, na Alemanha e na Rússia. No final do ano, Tarja foi nomeada para os prémios Echo e Emma, começando de imediato a preparar o seu sucessor. Autoproduzido, «What Lies Beneath» chegou aos escaparates a 1 de Setembro de 2010 e ampliou ainda um pouco mais a já vasta paleta de sonoridades, com alusões ao Barroco e ao rock clássico, uma atitude experimental mais exacerbada e diversas colaborações que ajudaram a elevar o disco a um nível altíssimo. Na sequência de mais uma digressão mundial, que se prolongou durante dois anos e deu origem ao DVD «Act I: Live In Rosario», é lançado a 30 de Agosto de 2013 «Colours In The Dark», o muito aplaudido quarto longa-duração em nome próprio. Para 2016, após a revolucionária colaboração com Mike Terrana em «The Beauty And The Beat» e do retorno à ópera com «Ave Maria – Ein Plein Air», em 2014 e 2015 respetivamente, já está agendado o lançamento de um novo registo a solo.
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