Exposições
Everything to Learn
Exposição que celebra os 25 anos da Perve Galeria, reunindo artistas relevantes no panorama português, sem representação galerística, cujas obras dialogam com as coleções da galeria e da Casa da Liberdade – Mário Cesariny.
2 Nov a 17 Jan 2026
Celebrando o 25.º aniversário da Perve Galeria, estabelecida em Alfama em 2000, "Everything to Learn" reúne artistas que, apesar da sua relevância no panorama artístico português, continuam sem representação galerística. Com curadoria de Óscar Faria, as suas obras dialogam com peças das coleções da galeria e da Casa da Liberdade – Mário Cesariny, criando pontes entre diferentes gerações e práticas artísticas.
Segundo o curador, a mostra procura expor “as fragilidades de um meio cada vez mais refém de agendas, onde nomes com percursos sólidos são esquecidos por um sistema sempre à procura da última moda”. O título da exposição apropria-se de uma obra de Mário Cesariny, reforçando o caráter de aprendizagem contínua e reflexão crítica que atravessa toda a mostra.
Os artistas apresentados têm entre 35 e 85 anos, promovendo um diálogo intergeracional que evidencia trajetórias consistentes mas subvalorizadas. Em conjunto com obras de Mário Cesariny, Cruzeiro Seixas, Teresa Roza d’Oliveira, João Artur da Silva, Reinata Sadimba, Vanessa Paz e outros do acervo da Perve e da Casa da Liberdade, a exposição apresenta trabalhos de Alexandre Baptista, Fernando Brito, Vítor Silva Cravo, Ana Efe, José Miguel Gervásio, Nuno Henrique, Vanda Madureira, Cristiana Ortiga, Fernando José Pereira, Sebastião Resende, Pedra no Rim, Thierry Simões, António de Sousa e Eduardo Petersen.
Everything to Learn reflete o percurso singular da Perve Galeria, comprometida com a promoção de vozes artísticas injustamente sub-representadas, especialmente do Sul Global e do espaço lusófono. A mostra dá continuidade a este compromisso, oferecendo visibilidade a artistas institucionalmente subvalorizados e convidando o público a (re)descobrir trajetórias sólidas. Afirma-se assim como um gesto de reconhecimento e como um espaço vivo de reflexão sobre a arte, entendida como prática que perdura para além do tempo e das efemeridades do gosto.

