"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Efemérides

Morte de Mário Viegas

No dia 1 de abril de 1996 faleceu Mário Viegas, considerado um dos melhores atores da sua geração e um dos maiores recitadores de poesia em Portugal.

Santarém, 10 de novembro de 1948 - Lisboa, 1 de abril de 1996

Mário Viegas, relembrado como contestatário, com consciência social elevadíssima e um génio bastante frontal e acutilante quando preciso, nunca separou a poesia do teatro. Tanto assim era que, atualmente, o ator e encenador é recordado tanto pelo que deu aos palcos e às câmaras como, também, pela poesia que declamou desde Fernando Pessoa e Eugénio de Andrade a Jorge de Sena.

Fez parte da Companhia teatral ‘A Barraca’, fundada por Maria do Céu Guerra e Mário Alberto e, além de ator, destacou-se, igualmente, como encenador e foi responsável pela fundação de três companhia teatrais, incluindo a ‘Companhia Teatral do Chiado’.

Dos seus trabalhos mais notáveis no teatro destacaram-se "Europa não, Portugal nunca!", o seu último êxito corrosivo e socialmente satírico de 1995; "D. João VI", de Hélder Costa, peça pela qual ganhou o prémio de melhor ator no Festival de Teatro de Sitges, mas não só. Ficariam na memória as suas adaptações de Samuel Beckett, Anton Tchekov, Luigi Pirandello, Eduardo De Filippo e Peter Shaffer, entre muitos outros, sem esconder ou deixar para trás o seu lado satírico, humorístico, ácido e perscrutador que tanto o caracterizava.

Em televisão, a partir dos meados dos anos 80, foi responsável por dois programas essenciais - ‘Palavras Ditas’ e ‘Palavras Vivas’ -, dedicados aos grandes poetas e escritores portugueses.

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