"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Efemérides

Morte de José Dias Coelho

José Dias Coelho foi um artista plástico, militante e dirigente do Partido Comunista Português.

(Pinhel, 19 de junho de 1923 - Lisboa, 19 de dezembro de 1961) 

A sua curta vida é marcada pela militância política na luta pela transformação social e pelo compromisso de combate ao salazarismo e também por um percurso artístico que o coloca entre os mais talentosos artistas da terceira geração modernista.
Dotado de um raro talento e sensibilidade, em 1942 muda-se para Lisboa, onde estuda primeiro Arquitetura e depois Escultura, a sua grande paixão, na Escola de Belas de Artes.
Ligado desde muito jovem à resistência ao regime salazarista, associou-se à Frente Académica Antifascista e ao MUD Juvenil, tendo aderido ao Partido Comunista Português em 1947. Em 1949 o apoio público à candidatura do General Norton de Matos resulta na sua detenção pela PIDE. Em 1955 é forçado a entrar na clandestinidade, deixando para trás a carreira artística. Tinha apenas 38 anos de idade quando a 19 de dezembro de 1961 foi assassinado pela PIDE.
A imagem de José Dias Coelho ficará ligada sobretudo à sua militância política, que resultou na sua trágica morte, imortalizada na canção de José Afonso “A morte saiu à rua”, remetendo para segundo plano o seu trabalho artístico, revelador de uma versatilidade estilística e processual assinaláveis, desde a prática da escultura, às áreas disciplinares da pintura e do desenho.

in Museu do Neo-Realismo

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