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Efemérides

Morte de Ana de Castro Osório

No dia 23 de março de 1935 faleceu a escritora, ativista e pedagoga Ana de Castro Osório

Mangualde, 18 de Junho de 1872 – Setúbal, 23 de Março de 1935

A escritora, ativista e pedagoga Ana de Castro Osório publicou, em 1905, “Às Mulheres Portuguesas”, o primeiro manifesto feminista português. Foi uma das fundadoras do Grupo Português de Estudos Feministas, em 1907, da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas, em 1909 e, em 1912, da Associação de Propaganda Feminista, a primeira organização sufragista portuguesa, que, por iniciativa da escritora, integrou a International Women Suffrage Alliance.

Dedicou-se desde muito cedo ao jornalismo, tendo dirigido diversos periódicos, como Sociedade Futura (1902), O Jornal dos Pequeninos (1907-1908), A Mulher e a Criança (1909-1910), A Semeadora (1915-1918). Desempenhou um papel de destaque no jornal setubalense O Radical (1910-1911). Foi membro do Grande Oriente Lusitano, adotando como nome simbólico o da revolucionária do século XVIII Leonor Fonseca Pimentel.

Imediatamente após a instauração da República, trabalhou com o Ministro da Justiça na elaboração da Lei do Divórcio, de 1910.

Entre 1911 e 1916 viveu no Brasil, acompanhando o marido, que fora nomeado cônsul em S. Paulo.

Com o deflagrar da 1ª Guerra Mundial fundou a Comissão de Mulheres Pela Pátria, a partir da qual se formou, em 1916, a Cruzada das Mulheres Portuguesas.

Em 1916 exerceu as funções de subinspetora do trabalho da 1ª Circunscrição Industrial do Ministério do Trabalho.

Foi condecorada com a Ordem Militar de Sant'Iago da Espada (1919) e com a Ordem Civil do Mérito Agrícola e Industrial (1931).

É considerada a criadora da literatura infantil em Portugal, tendo realizado uma extensa e intensiva recolha dos contos da tradição oral do país, e publicado inúmeros volumes de histórias para crianças, além de ter traduzido e publicado os contos dos irmãos Grimm e muitos outros autores estrangeiros de literatura para crianças. Criou manuais escolares para o 1º ciclo. A sua extensa e diversificada obra literária, de mais de cinquenta títulos, inclui também ensaios, romances e contos.

A Ana de Castro Osório se deve a compilação, organização, edição e publicação de Clepsidra, o único livro de Camilo Pessanha, em 1920, na editora por ela criada, Lusitânia.

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