"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Efemérides

Morte de Alexandre Cabral

A 21 de novembro de 1996, morreu o escritor português Alexandre Cabral.

(Lisboa, 17 de outubro de 1917 - Lisboa, 21 de novembro de 1996)

Licenciado em Ciências Histórico-Filosóficas, foi investigador, historiador de literatura, ensaísta e ficcionista. Revelou-se desde muito cedo um escritor consciente da sua condição e um estudioso da história cultural e social do séc. XX, sem a qual a compreensão do neorrealismo fica comprometida.

Como ficcionista estreou-se em 1937 com as obras Cinzas da Nossa Alma e Parque Mayer em ChamasO Sol Nascerá um Dia, publicado em 1942, marca claramente a sua sintonina com o neorrealismo em desenvolvimento. Entre 1947 e 1953 escreve Contos da Europa e da África (1947); Terra Quente (1953) e Histórias do Zaire (1956), que documentam ficcionalmente a sua estadia em África. Destacamos ainda Fonte da Telha (1949); Malta Brava (1955), que resulta das vivências nos Pupilos do Exército, experiência que o marcou para toda a vida; e Memória de um Resistente (1970), que constitui um importante contributo para uma "biografia do neorrealismo".
Ligado à corrente literária neorrealista, acabou por se especializar como grande e profundo conhecedor da obra de Camilo Castelo Branco, a quem dedicou, na anotação, fixação de textos e recolha de vastíssima correspondência e polémicas literárias, dezenas e dezenas de anos de permanente estudo e investigação. Esta atuação como estudioso e investigador da obra camiliana culminou na elaboração de um Dicionário de Camilo.
Além de escritor e investigador, foi também um homem empenhado na luta pela democracia em Portugal.
A 10 de junho de 1991, foi agraciado com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, pelo Presidente da República Mário Soares.

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